segunda-feira, 20 de junho de 2011

FOTO DO DIA !

AQUECIMENTO DO PECADO - DJ TAMAGOSHI ( BATTERY 3 LIVE )

DJ Tamagoshi - Aquecimento do Pecado ( Battery 3 Live ) by DJ TAMAGOSHI

Trago para vocês que acompanham o blog , uma versão ainda não acabada de uma montagem que estou produzindo .
Trata-se do Aquecimento do Pecado , em que utilizo pontos de uma das músicas mais executadas
no Brasil atualmente , quem sabe qual é o som ???

Me adicionem no Facebook , e se possivel compartilhem e divulguem este som , Obrigado !

sexta-feira, 17 de junho de 2011

VAI COMEÇAR DE NOVO !!!


ALÔ NATAL , CHÃO , CHÃO , CHÃO !!!

SIMPLESMENTE O CARRASCO DO FUNK

Em 1987, comandei meu primeiro baile funk sozinho. O lugar era na Praia de Ramos, um caixote de concreto, não tinha janela nem nada, só uma portinha, o povo chamava de Forninho. Toquei lá um ano, recebi elogios e fui virando profissional. Enquanto isso, também estudava à noite, trabalhava como office-boy e servi ao Exército. Nunca desisti até conseguir viver só de funk, lá pra 1992.

Ser carioca é o que faz o funk dos bailes ser sintonizado com o mundo, não por causa desse ou daquele bairro, artista ou estilo. De algum jeito o nosso povo faz das festas uma arte. Com pouco ensino tradicional mesmo para quem teve escola, é nas festas que a gente inventa um jeito de estudar a vida, uns com os outros. Acho que é esse jeito carioca (ou brasileiro) que atrai os gringos. Na música, esse jeito sempre teve muita percussão, com harmonias rítmicas complicadas, mesmo quando o resto todo é bem simples, tosco até. Para quem é funkeiro ou sambista, parece fácil, mas para um músico mais erudito é cheio de detalhes nos tempos e nos timbres.

No funk ainda tem os efeitos eletrônicos e as letras, que vêm diretamente do comportamento das multidões nos bailes, muita informação. E para complicar tem aquele lance de ser brasileiro e adorar novidade, estar sempre evoluindo e não ter dificuldade de misturar tudo que cai na mão — cada mês surge um pequeno detalhe e, como todo mundo absorve, passa a fazer parte do gênero todo. Como sou funkeiro, já nasci com essa antena carioca na alma. Não sei qual o beat ou estilo que vai dominar o futuro, mas esse jeito irreverente com certeza está espalhado por todo lado que eu escuto, na música do mundo hoje. Então a gente faz a música que os artistas jovens do mundo estão fazendo também.

O funk nos bailes tem linguagem própria. O circuito é como um canal de assinantes; quando se capta o sinal, não se desgruda mais da TV. E a audiência vai aumentando, diversificando: a pessoa do outro lado da tela pode estar na Ásia ou em Ipanema. E no mundo todo o povo vai traduzindo e incorporando pedaços dessa língua diferente, para usar no seu universo também. Cada um com sua cultura, sua história, do seu jeito. É assim que o baile de hoje se transforma no funk carioca espalhado pelo mundo. O funk das favelas é das favelas, cada baile tem um público, todo DJ sabe que a audiência muda tudo. A grande evolução do funk aqui nos últimos 20 anos foi se tornar brasileiro, enquanto mudava a tecnologia e a sociedade carioca.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

CLIPE : BABI - HORA H



Mais uma da Galerão Records

NA OUTRA QUARTA DIA 22 ...



O funk carioca, conhecido também como música eletrônica brasileira, ganha mais uma noite de luxo no Circo Voador com uma nova edição da festa UH! Baile é Nosso!, que acontece na véspera do feriado de Corpus Christi, dia 22 de junho. O destaque dessa vez é unir um das mais antigas equipes de som de funk do Rio de Janeiro, a Furacão 2000, com MC Fininho, Tati Quebra Barraco e Apavoramento Sound System. Esse encontro comprova que a produção do funk carioca é incansável e duradoura. Os DJs Rafael Pitbull, Alex MPC e Cabide também participam da festa.

Com mais de 35 anos de existência, a Furacão 2000, a equipe de som número um do Brasil, como é conhecida, continua lançando diversos artistas através de seus DVDs. Com qualidade de imagem e edição, os mais recentes trabalhos audiovisuais tornaram-se sucesso absoluto de vendas. A sequência Tsunami I, II, III e IV, Clássicos do Funk, Top Furacão 2000 e Clima dos Bailes são alguns dos trabalhos lançados pela empresa. Foi através de suas aparições em DVDs da número 1 do Brasil que MCs, como Créu e Gaiola das Popozudas, chegaram até outros continentes, como Europa e África. E foram unânimes em suas impressões: por onde passam veem estrangeiros referindo-se ao ritmo funk pelo nome da Furacão 2000.

O Apavoramento Sound System convoca seus integrantes, os DJs Pedro Piu, Bluntzilla e John Woo, com a participação do Mc do Bonde Neurose. Eles chegam com um set cheio de graves e batidas eletrônicas.

Serviço:
Quarta
, dia 22 de Junho
2011
Véspera de Feriado - Abertura dos portões: 23h

www.INGRESSO.com.br
Lote 1: R$ 25 Estudante / e-Flyer / 1Kg Alimento / Assinante O Globo / Cliente TIM
Classificação: 18 anos (12 a 17 anos somente acompanhados dos pais).


Naldo faz plateia descer até o chão

Cantor grava primeiro DVD no Citibank Hall e celebridades como Preta Gil, Xande e Ronaldinho Gaúcho aplaudem a performance e até dão canja

Rio - Quebrando as barreiras do preconceito, o cantor Naldo gravou seu primeiro DVD na última quinta-feira, no Citibank Hall. “Foi uma ousadia muito grande. Eu venho do funk e chegar até aqui não foi fácil”, desabafa.


Naldo - Sem sutiã ( CitiBank Hall )
Sob os gritos calorosos de linda e gostosa — a maioria de mulheres —, Preta Gil subiu ao palco com Naldo para cantar ‘Meu Corpo Quer Você’. “Estou apaixonada por essa música, ela vai pegar. Tenho muita admiração pelo estilo que ele está se propondo a fazer. Ele tem uma versatilidade muito grande”, elogia a cantora.

E quem levou seu samba para misturar com o melody do Naldo foi Xande de Pilares, vocalista do grupo Revelação, que cantou ‘Vem na Fé’. “Essa música fala de superação, tem a ver com a nossa história. Temos que ajudar a exaltar a música brasileira”, defende o sambista. “Sou muito fã dele, é um grande talento”, assume Xande.

Aproveitando as férias no Brasil, o goleiro da Inter de Milão, Júlio César, e sua mulher, Suzana Werner, contaram que o show é o primeiro que assistem desde que deixaram a Itália. “Estamos com sede de música brasileira”, justificou Suzana.

O ponto alto da noite foi a homenagem que Naldo fez a seu irmão Lula, que morreu em 2008. Mas uma grande surpresa estava reservada para o cantor. Enquanto um telão exibia Lula cantando ‘Como Mágica’, o fã-clube ‘Naldo na Veia’ distribuiu três mil folhas com o nome do rapaz, que todos levantaram ao mesmo tempo. Naldo não conteve a emoção e chorou. “Queria meu irmão ali comigo”, disse ele após o espetáculo.

O craque Ronaldinho Gaúcho também marcou presença. “O show foi ótimo”, disse ele, flagrado aos beijos com a neta de Monarco, Juliana Diniz. Na última música, ‘Chantilly’, Naldo chamou a noiva, Ellen Cardoso, a Mulher Moranguinho, para subir ao palco e dançar com ele.

Acessem : site do Naldo / twitter Naldo

quarta-feira, 8 de junho de 2011

A MPC, aparelho que causou a evolução do funk carioca, ganha aplicativos para iPad


RIO - Aconteceu com o DJ Sany Pitbull. Convidado para se apresentar num festival de música eletrônica em Stuttgart, na Alemanha, há três anos, ele dispensou os toca-discos e aparelhos de CDs, e começou a montar sua MPC - misto de bateria eletrônica e gravador - no meio do evento. Entre curioso e sarcástico, um DJ local, que se apresentava antes, perguntou a Sany por que ele estava fazendo aquilo e se ele tinha esquecido os discos em casa. Quando o brasileiro começou a tocar, usando os pads (botões) do aparelho como percussão e disparando os sons mais incríveis nele, tudo mudou, inclusive a posição do queixo do alemão.

- Ele ficou de boca aberta me vendo tocar. No final do meu set, veio dizer: "Você vai agora comigo na minha casa porque eu tenho uma MPC igual à sua e quero aprender a usá-la assim também" - conta Sany, que acaba de voltar de uma nova turnê pela Europa. - No dia seguinte, fui praticamente arrastado para dar umas aulas para ele.

VÍDEO: Cabide DJ mostra como funciona um dos aplicativos de MPC para iPad

Lançada pela empresa japonesa Akai para ser uma ferramenta de criação em estúdio, a MPC (de Music Production Center) acabou se tornando um dos pilares do hip-hop, graças às suas incontáveis possibilidades de gravar, armazenar e manipular sons, como se fosse uma banda de bolso. No Brasil, porém, a MPC foi além do seu uso em estúdio e do que dizia o seu manual. Graças à curiosidade e à criatividade dos DJs e produtores, ela ganhou o status de instrumento e passou a ser usada como uma percussão eletrônica nos bailes funk, gerando, entre outros ritmos, o famoso tamborzão.

Responsável pela evolução do funk e transformada em ícone do estilo - os designers Breno Pineschi e Rafael Cazes fizeram seus pads virarem minitorradas num comercial de um suco de laranja -, a MPC entra agora numa nova era. Além de aplicativos para iPad (o mais recente deles feito no Brasil pelo próprio Sany) que permitem que ela seja simulada nos tablets, abrindo um leque de possibilidades e atraindo novos usuários, o aparelho ganha força para além dos bailes e do próprio funk - caso de músicos como Pedro Bernardes e João Brasil.

- Tem muita gente nova, de fora do funk, usando a MPC tradicional para fazer suas montagens em casa - conta John Woo, do Apavoramento Sound System e produtor das festas Shake Your Rampa e Uh, o Baile é Nosso. - E agora a chegada dela aos iPads abre novas portas para seu uso, como a reprodução de sintetizadores e outros sons.

São tantas coisas que dá para fazer a partir de agora que nem dá para imaginar qual vai ser o limite - conta Cabide DJ, craque da MPC e pioneiro do seu uso nos iPads. - Uso um iPad há pouco mais de um mês, mas já sinto uma grande diferença. Não há fios, dá para tocar no meio da galera. E os aplicativos são incríveis.

Num concorrido vídeo que circula no YouTube, Cabide mostra suas habilidades no aparelho e no iPad também. A partir deste mês, ele vai ganhar um reforço no seu arsenal: o aplicativo iFunke-se, criado por Sany em parceria com a Red Bull. Contando com as participações de MCs e DJs como Emicida, Renegado, André Ramiro, DJ Nino, DJ Zé Brown e Funkero, o programa transforma o iPad numa MPC digital, a partir de experiências feitas pelo grupo no estúdio do AfroReggae, em Vigário Geral.

- Além desse aplicativo, estou produzindo um vídeo para a internet no qual ensino como usar uma MPC no estilo funk carioca - explica Sany. - Afinal, aqui no Brasil mudamos a forma de usar a MPC. Nada que os DJs de funk fazem tem no manual dela. Desenvolvemos uma técnica diferente, sem mudar nenhum dispositivo sequer. Nem o pessoal da Akai sabe fazer isso.

DJ John Woo e a MPC: a percussão eletrônica do funk . Foto Leonardo Aversa / Agência O Globo

A MPC foi criada, na verdade, pelo engenheiro americano Roger Linn, para a Akai, na segunda metade dos anos 1980. Os timbres dos primeiros modelos podem ser ouvidos em discos de Prince, Michael Jackson e Gary Numam. Aos poucos, o aparelho passou a ser adotado por artistas de hip-hop. "Muitas batidas e nenhum baterista por perto", dizia o título de uma recente reportagem do "New York Times" sobre a MPC. Mas foi no universo do faça-você-mesmo do funk carioca que a criação de Linn foi virada do avesso.

- Quando eu ganhei a minha primeira MPC, no final dos anos 1980, fui mexendo nela no ônibus mesmo, até chegar em casa - lembra o DJ Marlboro, um dos primeiros a usar a MPC nos bailes. - Ela mudou a história do funk carioca. Uso MPC até hoje e já tenho uma no iPad também.

Se nos EUA novos DJs de hip-hop, como Araabmuzik, Divinci e Exile, seguem os passos de veteranos como DJ Shadow, Craze e RJD2, adaptando a MPC aos tempos atuais, por aqui, festas como Shake Your Rampa e Uh, o Baile é Nosso - a próxima edição acontece no Circo Voador, no dia 22 deste mês - têm na MPC o elo de ligação de artistas de funk (como Alex MPC, Batutinha e Grandmaster Raphael) e de outros estilos (como John Woo e Pedro Piu).

- É um aparelho meio mágico - diz Woo. - Lembra um tabuleiro Ouija. O espírito da música parece entrar nele através daquelas teclas.

domingo, 5 de junho de 2011