Quem ouve as rádio no RJ sabe : MC Maiquinho está bombando. O funkeiro, que atualmente tem quatro músicas na programação das rádios cariocas — “Te larguei, otária, pra ficar com a tua irmã”, “Ri pro meu lulu”, “Me leva contigo” e “Ai caraca ” — deu muito duro no começo, há cinco anos, quando tinha 15.
— Eu ia de carona de comunidade em comunidade. Em cada baile que chegava, pedia ao DJ para cantar. Mas eu era muito moleque, ninguém me dava atenção — lembra Maycon de Oliveira.
A sorte do MC mudou quando um DJ no baile do Santa Marta, em Botafogo, finalmente lhe deu o microfone. Algumas semanas depois, Maiquinho voltou e teve uma surpresa: todo mundo no baile cantava “A Zona Sul é nossa”, seu primeiro sucesso.
Mesmo após a oportunidade, a vida continuou dura.
— Ouvia rádio todo dia, esperando tocar minha música. Quando tinha show, ganhava no máximo R$ 200 — conta ele, que agora faz cerca de seis apresentações todo sábado e recebe sete vezes mais para cantar.
Mas antes de fazer sucesso na música, Maiquinho já tinha rodado o mundo para exibir seu talento como artesão. Aos 15 anos, ele e seu irmão mais velho, Nelcirlan, viajaram para vários países para expor o Morrinho, maquete que ambos criaram do Pereirão, favela onde moram desde crianças. Foi numa dessas viagens patrocinadas por projetos culturais que ele cantou pela primeira vez em público: na França, na boate Favela Chic. Chique o moço!
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